Laboratório Emocion´Arte!
O mundo do 1.º ciclo é uma novidade vertiginosa.
É a idade da alfabetização, sim, mas também a da emocionalização. É aqui que o “eu” começa a perceber o “nós”. E a verdade é simples: não há aprendizagem eficaz sem um coração em calma.
A tabuada pode ser ensinada até à exaustão, a ortografia sem uma falha, a gramática com rigor. Mas se a criança não souber identificar a frustração quando erra a conta, não souber comunicar a tristeza de ficar sozinha no recreio, ou se não souber gerir a ansiedade de levantar o braço para participar, de que lhe servem os verbos e os advérbios?
Trabalhar emoções na educação precoce não é um “extra” simpático para preencher horários. É a fundação de tudo o resto. Não se perde tempo de matemática, quando uma professora se agacha para olhar nos olhos de uma criança irritada e lhe ensina a respirar fundo em vez de gritar; aliás, ganha-se, a ensinar estratégias para que essa criança possa utilizar aos 30 anos, numa reunião tensa ou num conflito familiar. São estas ferramentas, as que não se vêm, que enchem a tal “mochila invisível”: não pesam nos ombros, mas têm o peso de um futuro mais equilibrado. Ensinar empatia é tão importante quanto ensinar a ler. Ensinar autorregulação é tão vital quanto ensinar ciência. Porque a vida real - o outro mundo fora da escola - começa assim que toca a campainha, e exige não só QI, mas fundamentalmente QE, a inteligência emocional.
Que as escolas do 1.º ciclo possam ser, cada vez mais, espaços onde o coração aprende a interpretar o mundo antes da mente aprender a escrever sobre ele.
Rita Marques, Psicóloga do SPO (1.º Ciclo)
É a idade da alfabetização, sim, mas também a da emocionalização. É aqui que o “eu” começa a perceber o “nós”. E a verdade é simples: não há aprendizagem eficaz sem um coração em calma.
A tabuada pode ser ensinada até à exaustão, a ortografia sem uma falha, a gramática com rigor. Mas se a criança não souber identificar a frustração quando erra a conta, não souber comunicar a tristeza de ficar sozinha no recreio, ou se não souber gerir a ansiedade de levantar o braço para participar, de que lhe servem os verbos e os advérbios?
Trabalhar emoções na educação precoce não é um “extra” simpático para preencher horários. É a fundação de tudo o resto. Não se perde tempo de matemática, quando uma professora se agacha para olhar nos olhos de uma criança irritada e lhe ensina a respirar fundo em vez de gritar; aliás, ganha-se, a ensinar estratégias para que essa criança possa utilizar aos 30 anos, numa reunião tensa ou num conflito familiar. São estas ferramentas, as que não se vêm, que enchem a tal “mochila invisível”: não pesam nos ombros, mas têm o peso de um futuro mais equilibrado. Ensinar empatia é tão importante quanto ensinar a ler. Ensinar autorregulação é tão vital quanto ensinar ciência. Porque a vida real - o outro mundo fora da escola - começa assim que toca a campainha, e exige não só QI, mas fundamentalmente QE, a inteligência emocional.
Que as escolas do 1.º ciclo possam ser, cada vez mais, espaços onde o coração aprende a interpretar o mundo antes da mente aprender a escrever sobre ele.
Rita Marques, Psicóloga do SPO (1.º Ciclo)
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