Acaba de ser publicada no suplemento Exlibris (jornal "O Público") uma reportagem sobre o nosso Agrupamento, que não resistimos a divulgar na íntegra no blogue do SPO.
Norteando-se por um Projeto Educativo flexível e integrado, de caráter pedagógico e interventivo, que potencia a adequação dos conteúdos pedagógicos à diversidade e à melhoria das aprendizagens, o Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades assume-se como uma referência de prestígio, rigor e proficiência no Seixal. Fomentando as melhores práticas que objetivam, simultaneamente, o desenvolvimento do espírito crítico, em harmonia com valores indispensáveis à vivência em cidadania, a Instituição promove uma cultura própria e almeja “caminhar para a excelência”. Em entrevista ao ExLibris®, Maria do Carmo Branco, diretora, evidencia os projetos que diferenciam o Agrupamento dos congéneres.
Ao dar os primeiros passos na Escola Básica Carlos Ribeiro – sede do Agrupamento de Pinhal de Frades –, o olhar perde-se na harmonia que ali se vive. Subitamente, deixámo-nos envolver na energia revigorante dos alunos que ali encontram os alicerces para edificar o seu futuro. Na atmosfera, a tranquilidade incita o conhecimento e a aquisição de ferramentas indutoras de valorização pessoal, intelectual e cognitiva. Por sua vez, já em ambiente de sala de aula, o bulício do espaço exterior cede lugar à concentração e à aplicação de metodologias de Ensino que preconizam, na sua plenitude, uma Educação com rigor, qualidade, exigência e disciplina – valores estruturantes que, associados à solidariedade, tolerância, responsabilidade, justiça e responsabilidade permitem ao Agrupamento de Pinhal de Frades protagonizar uma formação holística, em todas as suas dimensões.
Situada no Seixal – um concelho que patenteia heterogeneidades a nível social e económico –, a Instituição agrega três escolas de 1º Ciclo com Jardim de Infância (Escola Básica Fernão Ferro, Escola Básica da Quinta dos Morgados e Escola Básica de Pinhal de Frades), e a Escola de 2º e 3º Ciclos que é, simultaneamente, a sede do Agrupamento. Estas são “escolas semelhantes em termos populacionais e distam, entre si, no máximo seis km”, refere a diretora, Maria do Carmo Branco. Nos últimos anos, as freguesias onde estão sediadas estas instituições, designadamente Arrentela e Fernão Ferro, registam uma evolução demográfica acentuada, o que se repercute na sobrelotação das instituições de ensino. Esta situação já foi alvo de reflexão por parte dos docentes, Conselho Pedagógico e Conselho Geral pois compromete, entre outros aspetos, a distribuição equilibrada da carga horária, impedindo, também, a atribuição de salas para operacionalizar atividades extracurriculares. Neste sentido, tornando-se imperioso acautelar soluções, foi iniciada a construção da Escola Básica dos Redondos, perspetivando-se a sua inauguração em setembro de 2014. Maria do Carmo Branco realça que este projeto “permitir-nos-á deixar de funcionar em regime duplo no 1º Ciclo, sendo que temos duas das escolas nesse enquadramento. Deste modo, passaremos a operar em regime normal em todas as escolas”, refere a diretora. Mas, na Escola sede a sobrelotação mantém-se, sendo que, “apesar de termos capacidade apenas para 30 turmas, dada a quantidade de alunos, tivemos de ultrapassar esse valor tendo, atualmente, 40. Não conseguimos dar resposta a todas as solicitações, pelo que a procura é claramente superior à oferta, sobretudo nos 5º e 7º anos. Asseguramos a todos os alunos do Agrupamento a continuidade na Instituição, contudo, por vezes, não nos é possível aceitar novas inscrições”.
Autonomia: Um motor de desenvolvimento
Mantendo, na sua matriz identitária, o regime de Agrupamento Vertical, a Instituição congratula-se de não ter integrado o processo que determinou a fusão destes com escolas secundárias (Mega-agrupamentos), uma vez que “as outras escolas do Seixal se situam a uma distância considerável das nossas e caracterizam-se por patentearem dinâmicas muito distintas. A ter-se efetivado essa realidade, traduzir-se-ia, para a nossa Instituição, numa significativa perda de identidade”, refere.
Pugnando pela definição de estratégias indutoras de eficiência académica, o Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades, almejando simultaneamente ser uma Instituição de referência para as crianças e jovens que o frequentam, delineou um Projeto Educativo diferenciado e que se tem traduzido em categóricos indicadores de sucesso – tal como a posição granjeada no ranking nacional das Escolas Básicas e Secundárias de 2013. Consagrando a orientação educativa da Escola e contemplando as metodologias que objetivam a prossecução dos desideratos da Instituição, este Projeto resultou da auscultação da comunidade e traduz-se “num documento integrador de vontades e do sentir da comunidade. Este não deve ser um Projeto da direção, mas de todos os que aqui trabalham e estudam”. As idiossincrasias deste Projeto – que prevê áreas prioritárias de intervenção –, em associação com os resultados da avaliação externa realizada em 2012 (atribuiu a classificação de «Muito bom» em todos os itens), permitiu ao Agrupamento desenvolver um Plano de Melhoria. O propósito desta iniciativa coadunava-se com a intenção “de superar alguns aspetos que considerávamos fundamentais. Para tal, fizemos também uma revisão da nossa visão estratégica e entendemos que estávamos em condições de nos propormos para a algo mais: o Contrato de Autonomia”.
Em fevereiro do ano passado, foi, assim, protocolado o Contrato de Autonomia (CA) que prioriza a realização de ações de acordo com a capacidade do Agrupamento, bem como a capacidade de mobilizar recursos para o efeito. Neste enquadramento, os objetivos operacionais prende-se, desde logo, “com a melhoria dos resultados escolares”, considerando que o Agrupamento apresentava uma taxa de sucesso do Ensino Básico de 88,4%, e uma taxa de abandono escolar na ordem dos 0,84%. Simultaneamente, e com o escopo de colmatar uma necessidade premente, o Contrato de Autonomia previu a criação de Serviços de Psicologia e Orientação (SPO). “Este foi um dos domínios assumidos entre o Agrupamento e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e permite-nos não só auxiliar os alunos a formular uma opção ponderada na prossecução de estudos para o Ensino Secundário – através de programas de orientação vocacional –, como também dar uma resposta efetiva aos alunos, na área psicopedagógica”.
Para operacionalizar tais pilares estruturantes do CA, nomeadamente o sucesso académico, o Agrupamento implementou ações, logo no 1º ano de escolaridade, que visam a intervenção imediata e urgente para dissipar as dificuldades de aprendizagem. “Acreditamos que é na base que temos de resolver problemas e, assim, um dos programas previstos prevê a realização de um diagnóstico dos alunos no 1º ano, que revelam algum problema, e imediatamente intervimos para que esses discentes cheguem ao final do ano, garantidamente, a saber ler e fazer o cálculo. Esperamos que esta medida tenha um impacto positivo nos resultados do 2º ano, porque é onde radica a taxa de reprovação mais elevada”. O sucesso destas medidas de caráter interventivo já deu, inclusive, resultados nos rankings nacionais de 2013, onde o Agrupamento obteve uma performance muito satisfatória.
Estando a inovação e proficiência no código genético da Instituição, foram adotados, também, mecanismos igualmente diferenciadores em diferentes domínios, tais como nas literacias. Assim, o programa de «Literacia Digital», com início no Pré-Escolar, promove a aquisição de competências no âmbito das tecnologias de informação e, “na passagem do 4º para o 5º ano, os alunos realizam um teste de forma a certificarmo-nos se o que estava previsto no programa foi adquirido. No final do 9º ano, é novamente efetuado um teste de competências que, a posteriori, é certificado pelo Centro de Formação de Associações de Escolas”. Verificam-se, no entanto, algumas dificuldades de implementação e prossecução destes objetivos no 1º Ciclo, motivadas pela escassez de recursos em algumas escolas do Agrupamento.
Para concretização deste enunciado de proficiência nas literacias foi, igualmente, implementado um programa de «Promoção da Leitura» que pressupõe que os professores se envolvam de forma partilhada e participada e, simultaneamente, incentivem os alunos a integrar autonomamente a construção das suas aprendizagens. Assim, este é implementado desde a educação Pré-escolar e materializa-se no programa «Dá-me 10», no 1º Ciclo, e no «Ler é Urgente», aplicado nos restantes Ciclos. Semanalmente, são escolhidos textos da atualidade, ou excertos de livros de Filosofia para crianças, que são lidos durante 10 ou cinco minutos, consoante o Ciclo em questão. De acordo com Maria do Carmo Branco, foi realizado um balanço da aplicação destes programas e “percebemos que já integram o quotidiano dos discentes de forma que eles já não prescindem”. Mas, a aposta na leitura não se circunscreve apenas a estas realidades. A «Maratona da Leitura» consubstancia-se numa iniciativa em que, durante um dia, todo o Agrupamento lê. Num processo ininterrupto, pais, alunos, funcionários e pessoas da comunidade escolhem um excerto e leem-no durante cerca de dois minutos. A diretora recorda, ainda, um flashmob realizado, com livros, no ano passado no dia do Agrupamento, com todos os alunos do Agrupamento, e destaca os concursos «Em Português» (2º Ciclo) e «Letra a letra» (1º Ciclo), como outras iniciativas de promoção da literacia da leitura.
Ainda neste domínio, “temos oficinas de escrita e leitura em que rentabilizamos o horário dos professores em prol do acompanhamento direto dos alunos. E, este ano, introduzimos também um programa em que todos os alunos que tiveram negativa no exame de 4º, 6º ou 9º anos são imediatamente acompanhados a Português ou Matemática”, afiança Maria do Carmo Branco. Esta perspetiva de intervenção urgente e atempada estende-se a outras realidades, tais como aos alunos que transitaram de ano letivo com nota negativa a uma destas disciplinas de continuidade – Português e Matemática e, ainda, a Inglês. “Logo no primeiro período, os discentes recebem apoio suplementar e, com esta ideologia, conseguimos alcançar uma taxa de recuperação de cerca de 75%, o que corresponde a uma melhoria na ordem dos 30%, face ao ano anterior. A frequência da Sala de Estudo, onde os alunos são permanentemente acompanhados por professores, é uma das valências determinantes no sucesso dos alunos”. De forma genérica, todos estes mecanismos induzem uma pedagogia ativa e pretendem “distinguir os nossos alunos dos congéneres. Consideramos que, nos nove anos que aqui passam, temos de conseguir marcar os discentes. Assim, quando terminam a frequência letiva na Instituição, levam consigo um conjunto de experiências enriquecedoras e que foram pensadas e estruturadas de modo a enriquecê-los enquanto estudantes mas, também, enquanto cidadãos do mundo”, realça a diretora.
Cumulativamente, o Projeto Educativo do Agrupamento, estando em permanente construção, e pugnando pela definição de uma cultura que agrega os seus membros em torno da mesma identidade, partilhada e facilitadora da consecução de metas, prevê a preparação dos alunos para os Ciclos que se seguem. Deste modo, após a transição do 3º Ciclo do Ensino Básico, é feito o seguimento do percurso através da análise dos resultados de avaliação facultados pelas escolas secundárias. “É com regozijo que vemos que os nossos alunos registam uma boa prestação. Mantêm o nível de sucesso e a taxa de retenção, nesse ano, é muito reduzida”.
Formação holística em prol de uma cidadania ativa
As metodologias de ensino expressas no ideário da Escola pretendem, mais do que fomentar o sucesso académico, assegurar uma formação integral e integrada, capaz de garantir o desenvolvimento dos seus interesses, capacidades, espírito crítico e criatividade. Para operacionalizar tal pretensão, o Agrupamento dissemina valores estruturantes como solidariedade, tolerância, responsabilidade, justiça, disciplina e respeito mútuo.
Exemplo categórico desta premissa e da efetiva materialização destes conceitos radica na Brigada Solidarius. Sob supervisão de professores, os alunos organizam-se dentro e fora da Instituição e realizam ações de solidariedade. No dia 20 de dezembro foi, inclusive, realizada uma gala de solidariedade, em parceria com o Colégio Atlântico que cedeu o auditório, cujo objetivo se coadunava com a intenção de angariar fundos para apoiar as famílias carenciadas. Um dos protagonistas que subiu ao palco, o grupo musical «I´m a rock star», caracteriza, na perfeição, o dinamismo da Instituição, uma vez que é constituído por cerca de 120 alunos (incluindo ex-discentes do Agrupamento). A visibilidade e notoriedade deste grupo é de tal ordem que este participa, com regularidade, nas festas do Seixal. “Os alunos adoram a participação em projetos musicais e não posso deixar de ressalvar que esta componente assume um papel interessante no Agrupamento e na própria formação. Aliás, é usual promovermos também um concurso neste sentido: o Cantafest”.
No estímulo pelo desenvolvimento de diferentes competências e ferramentas, a Escola desenvolve, também, ações no âmbito do teatro. Com efeito, o Clube de Teatro “é uma das paixões do Agrupamento e esta é manifestada não só pelo facto de levarmos os alunos a assistir a espetáculos desde o Pré-escolar, como temos também um grupo de discentes que, todos os anos, apresenta uma peça internamente na Instituição, e no Seixal para toda a comunidade”.
Reiteradamente, são também planeadas visitas de estudo em todos os Ciclos que pretendem “dar a conhecer ícones do património natural, cultural e histórico, principalmente do nosso distrito”. Mais do que um projeto de valorização do currículo local, esta é uma iniciativa que “almeja que os alunos, quando terminam o 9º ano, tenham experienciado visitas muito próprias e enriquecedoras”. Cumulativamente, e reconhecendo as mais-valias supervenientes da cooperação estratégica com outras instituições, o Agrupamento protocolou parcerias com a Escola Superior de Educação de Setúbal e o Instituto Jean Piaget, ao nível da formação dos docentes e a Universidade de Aveiro (concurso PmatE). Outras parcerias permitem fomentar uma aposta na prevenção da saúde, por exemplo, através da articulação com a Unidade de Cuidados Continuados do Seixal e possibilitam, ainda, a participação noutros concursos de Matemática – Canguru Matemático –, de prevenção rodoviária e, ainda, de educação ambiental e ecológica (o Agrupamento é uma Eco-Escola há dois anos).
Fazer mais com menos
A ministrar uma formação de qualidade desde a sua génese, a Instituição tem desenvolvido esforços no sentido de suportar – e ultrapassar – as limitações impostas pela falta de condições das instalações, sobretudo no domínio dos equipamentos desportivos. “Esta é uma preocupação da direção e do Conselho Pedagógico porque, nos dias em que chove, é ainda mais difícil de contornar o facto de não termos espaços desportivos cobertos. E esta realidade é ainda mais preocupante num universo de 40 turmas”. Mas, apesar dos constrangimentos potenciados por este paradigma, o Agrupamento tem conseguido alcançar ótimos resultados no Desporto, sendo que, “no Futsal, as nossas alunas são campeãs distritais e, no Atletismo, temos também bons resultados. Estes alunos têm ainda mais mérito porque treinam em espaços que não lhes providenciam as condições necessárias”, assegura a diretora.
Já no que à atualidade concerne, particularmente atentando no Novo Estatuto de Ensino Particular e Cooperativo, que entrou em vigor a 5 de novembro, Maria do Carmo Branco é perentória ao afirmar que é “defensora da escola pública. A Educação deve ser assumida pelo Estado e todo e qualquer investimento deveria ter esta como destinatária. Acredito que haja zonas do país em que a escola pública não consegue dar resposta e aí entendo a necessidade de rentabilizar meios do terreno e, assim, financiar a educação do aluno numa instituição privada. Mas, a generalização da medida, na minha perspetiva, não é uma opção correta”. Por outro lado, este Novo Regime prevê, simultaneamente ao financiamento quantitativo por aluno, maior autonomia curricular para as instituições privadas e cooperativas. Neste domínio, Maria do Carmo Branco realça que, quanto à autonomia das escolas públicas, “há um longo caminho a percorrer e os passos dados têm sido lentos. Apesar de termos CA estamos sujeitos às mesmas regras e condicionalismos. Este contrato materializa apenas o reconhecimento, por parte do Ministério, de um Projeto Educativo capaz de nos conduzir a uma melhoria das nossas práticas e dos resultados dos alunos”.
Com um percurso timbrado de indicadores de sucesso e eficiência académica, é chegada a altura de perspetivar a evolução da Instituição. Ao elevar ao expoente máximo a sua abordagem diferenciadora, cujo pendor recai no sucesso académico e na construção de uma cidadania ativa, o Agrupamento encontra, agora, um grande desafio: “Caminhar para a excelência. Estamos na fase de conclusão do Projeto Educativo (2014) e, por isso, temos de construir um novo para o quadriénio seguinte. O contexto mudou radicalmente desde 2010 e as nossas conquistas também alteraram o paradigma. Assim, estamos a equacionar promover um novo referencial de valores. Será um trabalho difícil, mas estamos determinados. É fundamental para a formação dos alunos avançar para esse caminho, continuando nesta linha de formação integral”, conclui.
Programa de Educação para a Saúde e Sexualidade Este é um segmento educacional objetivado na pedagogia de ensino do Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades e é trabalhado desde a Educação Pré-escolar, de forma transversal. De facto, esta é uma diretriz que caracteriza o Agrupamento, uma vez que “ninguém trabalha para um ano em particular, mas para todos os Ciclos”. Assim, de acordo com o Programa de Educação para a Saúde e Sexualidade, os discentes são consciencializados de uma panóplia de problemas, tais como a toxicodependência, a SIDA, os distúrbios alimentares, entre outros. De forma a fomentar a aquisição de conhecimentos e apostar na prevenção, os pais participam também em palestras, ao sábado de manha, duas/três vezes por ano, em que técnicos especializados facultam uma informação eficiente. De salientar, de resto a participação interessada de um grande número de pais e encarregados de educação que, inclusivamente, participam de forma explícita e ativa na construção do Plano de Atividades do Agrupamento.
Desde 2009 a liderar os destinos do Agrupamento, Maria do Carmo Branco é, mais do que uma diretora, alguém que timbrou na Instituição uma panóplia de iniciativas que a distinguem positivamente dos congéneres. Sendo uma interlocutora da resiliência e determinação, Maria do Carmo Branco vê na Escola a sua segunda casa. 28 anos ao serviço da Educação são, assim, o corolário de um percurso onde o profissionalismo se assume como ponto de honra. Maria do Carmo Branco é, como diria Ricardo Reis, alguém que «põe quanto é no mínimo que faz».
Publicada na Revista Exlibris do Jornal Público.
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