4. Organizadores gráficos
São ferramentas visuais que mostram informações ou a relação entre conceitos. Ajudam, também, as crianças a organizar a matéria que aprenderam ou a que precisam de aprender. Os professores usam estas ferramentas para apoiar o processo de aprendizagem dos alunos com dificuldades. É como se montassem andaimes para a construção de um edifício.
Existem muitos tipos diferentes de organizadores gráficos, como diagramas de Venn e fluxogramas. Podem ser especialmente úteis para as seguintes dificuldades:
Discalculia - em matemática os organizadores gráficos podem ajudar as crianças a dividir os exercícios por etapas. Podem ser igualmente utilizados para aprender ou rever conceitos matemáticos.
Disgrafia- os professores costumam usar organizadores gráficos quando ensinam os alunos a escrever na medida em que permitem organizar ideias. Alguns também oferecem linhas de escrita para ajudar os alunos a expressarem-se corretamente.
Funções Executivas- as crianças com fracas competências executivas podem usar estas ferramentas para organizar informações e planear o seu trabalho. Os organizadores gráficos permitem igualmente sintetizar pensamentos em frases curtas. Esta estratégia permitirá ao aluno identificar mais facilmente a ideia principal de uma determinada matéria na hora de estudar e fazer os apontamentos.
5. Acompanhamento individual e em pequenos grupos
Uma estratégia recorrente entre os professores é variar o tamanho do grupo de alunos para o qual ensinam. Algumas matérias são lecionadas para toda a turma ao mesmo tempo. Outras surtem mais efeito se fornecidas para um pequeno grupo de crianças, ou até a uma só. Há alunos que precisam de apoio escolar individualizado. Caberá aos professores e à escola avaliarem o perfil dos alunos que precisam dessa ajuda extra e agirem em conformidade. Há cada vez mais escolas a adaptarem as matérias curriculares às necessidades dos alunos.
Essa estratégia pode ser fundamental para:
Dislexia - na sala de aula os professores procuram juntar no mesmo grupo os alunos com o mesmo nível de dificuldades para que possam beneficiar do mesmo tipo de apoio. As crianças também podem juntar-se porque, por exemplo, partilham o mesmo gosto por determinado livro.
Discalculia - os professores reúnem um ou mais alunos com discalculia para praticar as competências às quais sentem maiores dificuldades e assim beneficiarem de ajuda extra.
Disgrafia - em muitas salas de aula, os professores realizam ateliês de escrita e costumam reunir com os alunos individualmente e conversar sobre o seu progresso. Em simultâneo poderão aproveitar a oportunidade para se focarem nas competências específicas de cada criança.
PHDA e Funções Executivas - este tipo de acompanhamento ocorre normalmente em ambientes mais recatados e menos suscetíveis de causar distrações. O professor também pode ajudar os alunos a focar na tarefa e aprender novas competências como a automonotorização.
Velocidade de processamento reduzida - os professores podem adaptar o ritmo da instrução, para dar aos alunos o tempo necessário para receber e responder às informações. Poderão definir em simultâneo as prioridades da matéria, para que os alunos tenham tempo para entender os conceitos mais relevantes através do trabalho de grupo.
6. Estratégias de desenho universal para aprendizagem - é um método de ensino que oferece aos alunos diferentes formas de aprender mais flexíveis. Estas estratégias (EDUA) permitem que as crianças aprendam as matérias e se relacionem com elas com maior taxa de sucesso.
PHDA - Para os alunos com défice de atenção é importante que trabalhem em ambientes flexíveis e silenciosos, longe da confusão das salas de aula.
Funções Executivas - Seguir instruções pode ser difícil para crianças com este tipo de dificuldade. Uma das estratégias aconselhadas passa por fornecer instruções em mais do que um formato. Por exemplo, um professor pode dar instruções em voz alta e escreve-las no quadro.
Dislexia - Quando os professores seguem os princípios do EDUA, eles apresentam informações de diferentes maneiras. Por exemplo, em vez de dizerem aos alunos que devem ler um livro, são convidados a ouvir um audiolivro o que facilitará a vida a quem se debate com dificuldades de leitura.
Disgrafia - Uma das estratégias é oferecer opções de escolha. Crianças com disgrafia podem sentir dificuldades em mostrar o quanto sabem sobre história através de um texto. Mas se mostrarem esses conhecimentos através de uma apresentação oral ou, por exemplo, de uma peça de teatro a tarefa poderá ser mais fácil.
Privilegie o diálogo permanente com os professores. Conheça todas as estratégias de ensino a que o seu filho é sujeito na escola. Saiba de que forma essas estratégias podem ser usadas com sucesso em casa.